Milionário é preso sob suspeita de falso caso de sequestro com resgate em criptomoeda
Na terça-feira da semana passada (21), a polícia norueguesa prendeu o milionário Tom Hagen como suspeito do assassinato de sua esposa, Anne-Elisabeth Hagen, supostamente sequestrada em 2018.
A família da vítima afirmou que na época recebeu pedidos de resgate mediante o pagamento de US$10 milhões utilizando a criptomoeda Monero. No entanto, a polícia acredita que a história é outra.
Após 18 meses de investigação, as autoridades locais identificaram indícios de que Hagen tenha sido o responsável pela morte de sua companheira. O milionário teria alegado sequestro para despistar o caso.
Segundo a agência Reuters, Aase Kjustad Eriksson, advogado da polícia norueguesa, disse durante uma entrevista coletiva: “Após 18 meses de investigação, a polícia chegou a um ponto em que há motivos para suspeitar de Tom Hagen de assassinato ou conspiração para matar.”
Para a polícia, os pedidos de resgate para que Anne-Elisabeth fosse liberada provavelmente eram falsos.
Tommy Broeske, inspetor da polícia, disse: “Não houve sequestro, nenhuma negociação de contrapartida real ou negociações reais. Existem indícios de uma intenção de desviar [os investigadores].”
O caso chamou a atenção dos noruegueses, visto que sequestros e assassinatos no país são relativamente raros.
De acordo com a revista de negócios norueguesa Kapital, Tom Hagen possui uma fortuna estimada em cerca de US$200 milhões.
Svein Holden, advogado de Hagen, declarou que seu cliente negou as acusações contra ele.
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