Após Alberto Fernández se eleger presidente da Argentina, Banco Central limita compra de dólares a US$200 mensais
Medida busca conter possíveis reações do mercado.
O governo da Argentina e o Banco Central do país anunciaram, na manhã desta segunda-feira (28), uma série de medidas temporárias para evitar perdas de reservas e conter o preço do dólar. As decisões foram tomadas após Alberto Fernández ser eleito o novo Presidente da Argentina, tendo Cristina Kirchner como vice.
De acordo com o presidente do Banco Central argentino, Guido Sandleris, a reserva de dólares do BCRA nos últimos dois meses perdeu cerca de $22 bilhões.
Com esse plano, a tentativa é de frear a inflação no país e proteger os depósitos bancários até que o sucessor do atual presidente assuma o cargo, no dia 10 de dezembro.
Dentre as mudanças, que valem até 31 de dezembro, está um limite mensal não cumulativo de US$100 (R$399,73) em espécie, além de US$200 (R$799,46) na compra de dólares por pessoas físicas com contas bancárias, valor que até então era de US$15 mil.
No entanto, essas medidas não se aplicam a viagens internacionais ou retiradas em contas no exterior.
Segundo Sandleris, a mudança busca preservar as reservas do BRA para ajudar a próxima administração, visto que o país vive um momento de incertezas.
O presidente do BC afirmou, ainda, que nos últimos dias houve um grande aumento na busca por dólares, principalmente por pessoas físicas.
O medo pelo o que poderia vir adiante aumentou após o mês de agosto, quando ficou evidente que o candidato Maurício Macri seria derrotado no primeiro turno.
A vitória de Fernández fez o dólar disparar, provocando reajustes nos preços internos e aumentando os riscos do país, uma vez que investidores de dentro e de fora da Argentina não sabem o que poderá acontecer nos próximos meses.
Quais serão as consequências das medidas impostas pelo Banco Central da Argentina? Deixe seu comentário.