Ex-diretor do Banco Central é eleito o novo presidente da Febraban
Em 2017, quando trabalhava no Banco Central, Isaac Sidney afirmou que a instituição estudava a criação de sua própria moeda digital.
Isaac Sidney, ex-diretor do Banco Central, assumiu nesta quarta-feira (25) a presidência executiva da Federação Brasileira de Bancos (Febraban). Ele substitui Murilo Portugal, que cumpriu três mandatos, totalizando nove anos à frente da federação.
Sidney era vice-presidente da Febraban desde maio de 2019. Antes disso, foi diretor de relacionamento institucional e cidadania do Banco Central (BC).
Relação com as criptomoedas
O novo presidente da Febraran tem uma visão sobre as criptomoedas contrária à de Portugal, que afirmou na sexta-feira passada (20) que os ativos digitais não se tratam de moedas porque não cumprem as funções básicas de uma moeda.
Em 2017, durante um evento promovido pelo Ministério da Justiça, Isaac Sidney afirmou que o Banco Central estava estudando emitir uma moeda digital. No entanto, de acordo com Sidney, o tema ainda estava em estágio embrionário até então.
O ex-diretor do BC afirmou que a instituição reconhecia os benefícios que o uso de uma criptomoeda poderia trazer em termos de inovação, de inclusão financeira e de melhoria de serviços, mas que era necessário analisar os riscos e desvios que o mercado poderia enfrentar com essa mudança.
“Há vários aspectos que precisamos avaliar, inclusive seus impactos sobre a condução da política monetária”, disse Sidney.
Ele explicou que o BC estava acompanhando e monitorando de perto as moedas digitais e a blockchain.
O conhecimento de Sidney sobre criptomoedas e blockchain poderá contribuir para que os bancos no Brasil tenham uma visão diferente sobre as moedas virtuais — e, quem sabe em um futuro próximo, até considerem lançar serviços de custódia de criptoativos.