Bitcoin sobe e chega a US$9.100, enquanto bolsas do mundo inteiro são afetadas pelo temor do avanço do coronavírus
Por conta do receio de novas contaminações pelo coronavírus, os principais mercados globais estão reagindo negativamente.
O temor acerca do impacto do coronavírus na economia global derrubou as bolsas de valores e os preços das commodities no mundo inteiro nesta semana. No entanto, o Bitcoin e outras criptomoedas registraram um aumento significativo nos seus valores de mercado.
Nesta terça-feira (28), o Bitcoin chegou a ser negociado por US$9.103,39, registrando um aumento de mais de US$500 nas últimas 24 horas.
A alta no preço da criptomoeda traz o foco para um debate antigo sobre como os ativos digitais servem como um porto seguro durante tempos de tensões geopolíticas e riscos globais.
Um exemplo disso foi no início do mês, quando o valor do Bitcoin, ouro, petróleo e prata registraram um aumento significativo após o ataque americano que matou Qasem Soleimani, um dos principais líderes do Irã.
Embora o Bitcoin seja considerado por muitos um investimento arriscado, ele está novamente se comportando como o ouro, de acordo com o Bloomberg. O medo de uma epidemia global de coronavírus parece ter retomado a narrativa de que o Bitcoin é o ouro digital.
Bolsas
Apesar dos ativos digitais estarem vivendo um bom momento, as bolsas asiáticas fecharam em baixa nesta terça-feira.
Na Europa, algumas das principais bolsas estão operando no azul nesta manhã. Porém, as altas seguem pouco firmes e distantes de uma recuperação em relação ao forte tombo de segunda-feira (27), motivado pelas preocupações com o surto de coronavírus.
Também na segunda-feira, outras bolsas e preços de commodities registraram quedas. No Brasil, o Ibovespa recuou 3,29%, sendo a maior retração desde março de 2019. O índice, que bateu recorde duas vezes na semana passada, fechou aos 114,5 mil pontos.
Já o Nikkie, principal índice econômico da Bolsa de Valores de Tóquio, caiu 0,55% na manhã desta terça-feira (28), chegando a 23.215,71 pontos.
Por sua vez, as bolsas de valores de Xangai e Shenzhen emitiram um comunicado adiando a reabertura dos negócios para o dia 3 de fevereiro, enquanto a Bolsa de Hong Kong funcionará a partir desta quarta-feira (29), como previsto.
Na segunda-feira (27), o governo chinês informou que estenderia o feriado do ano novo lunar em três dias, até domingo (2), como medida para conter o coronavírus, que já causou 106 mortes e infectou mais de 4.515 pessoas.