Pedido feito pela comunidade de criptomoedas para que Twitter não apagasse a conta de Hal Finney é aceito
Plataforma havia informado que cancelaria todas as contas inativas no início de dezembro.
Após o Twitter anunciar que iria excluir todas as contas inativas no início de dezembro, a comunidade de criptomoedas solicitou que a empresa mantivesse a conta do lendário programador do Bitcoin Hal Finney, que morreu em 2014.
Na tarde desta quarta-feira (27) o suporte do Twitter publicou um comunicado informando que “ouviu” pedido feito pelos usuários da plataforma e afirmou que nenhuma conta inativa de falecidos será removida até a empresa criar uma nova maneira de memorizar as mesmas.
We’ve heard you on the impact that this would have on the accounts of the deceased. This was a miss on our part. We will not be removing any inactive accounts until we create a new way for people to memorialize accounts.
— Twitter Support (@TwitterSupport) November 27, 2019
Comunicado do Twitter
O comunicado feito pelo Twitter alega que a medida será tomada para melhorar a credibilidade do serviço, removendo contas inativas, com o objetivo de incentivar as pessoas a usarem mais a plataforma.
O ideal seria que o Twitter fizesse o mesmo que o Facebook, e possibilitasse ao usuários congelarem as contas de um falecido, mas até o empresa não possui essa opção.
Reação da comunidade de cripto
Logo após o Twitter informar que iria excluir todas as contas inativas, os usuários de criptomoedas tiveram uma reação imediata e protestaram contra a decisão da plataforma, afirmando que existem relatos que são historicamente importantes e que valem ser preservados.
Diversas pessoas pediram ao CEO do Twitter, Jack Dorsey, para que não exclua a conta de Hal Finney, que contém tweets históricos sobre o início do Bitcoin.
A mobilização foi tão grande em torno do caso de Hal e de outros falecidos que o Twitter resolveu mudar a sua postura em relação a exclusão das contas.
Hal Finney
O desenvolvedor foi o primeiro a realizar uma transação de bitcoin e trabalhou no desenvolvimento do código original do BTC.
Hal foi também desenvolvedor de jogos de console, e a busca por preservar a privacidade levou a co-criar a Pretty Good Privacy (PGP).
Depois que Satoshi Nakamoto ficou inativo em 2011, teorias começaram a sugerir que Finney era o verdadeiro criador do Bitcoin, mas Hal negou as alegações.
Mesmo após ser diagnosticado com esclerose lateral amiotrófica em 2009, Hal continuou se dedicando ao Bitcoin. Por conta da moeda ele utilizava um software que traduzia os movimentos dos olhos em texto para conseguir se comunicar.
Finney sempre acreditou na tecnologia. Em um perfil da Wired em 2014, sua esposa informou que decidiram congelar o corpo de Hal.
Ele permanecerá congelado criogênicamente, para quem sabe um dia com as novas tecnologias essa situação seja revertida.
Como essa chance é mínima nos próximos anos, no momento a expectativa é que o Twitter aceite o pedido da comunidade de criptomoedas e mantenha a conta de Finney.